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A construção da Linha 18-Bronze do Metrô no Grande ABC, cujo projeto original tem como objetivo ligar a região à Capital por meio do transporte sobre trilhos, além de facilitar a mobilidade urbana, promete reduzir os índices de assaltos, furtos e vandalismo. Conforme o Consórcio Vem ABC, vencedor da PPP (Parceria Público-Privada) assinada há quase cinco anos junto ao governo do Estado para viabilizar a obra, está prevista a instalação de sistema de monitoramento eletrônico ao longo do traçado e nas estações – investimento de R$ 13 milhões.
A justificativa para a ampliação da sensação de segurança e redução dos índices criminais se dá, conforme o Vem ABC, pelo fato de que o modal será segregado e monitorado, o que inibiria a atuação de bandidos ou, em caso de ocorrências, impossibilitaria a fuga. O sistema de monitoramento permitirá comandos, supervisão e a visualização de imagens por sistemas de controle centralizado e local. A promessa é de que as câmeras sejam implantadas ao longo da via, nas estações, pátio, subestações, saídas de emergência e regiões com objetivos operacionais e de segurança, podendo ser fixas ou móveis, dependendo do local.

A falta de monitoramento e iluminação pública são realidade aos usuários do transporte público. Em pesquisa realizada pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística), entrevistados apontam que assaltos e falta de segurança são o terceiro principal problema dos ônibus, com 10% das respostas.

A estagiária Railanny Brandão, 23 anos, comenta sua insatisfação nos serviços em torno de terminais de ônibus e que, inclusive, já sofreu tentativa de assalto próximo ao Terminal de Utinga, em Santo André. “Estava indo para casa, por volta das 23h, quando fui abordada por uma moça, que a princípio achei que me pediria ajuda. Quando ela se aproximou, disse que tinha dois grupos de pessoas nos observando e que iriam atrás de mim se eu não entregasse meu celular. Por sorte, um moço estava passando no local e também um carro de polícia, o que a inibiu”, diz.

Para a especialista e consultora em segurança Regina de Luca, é necessário implantar todas as medidas necessárias para minimizar riscos e auxiliar na segurança em espaços públicos. “Hoje, a realidade dos terminais ou corredores de ônibus, por exemplo, é a falta de iluminação, ausência de sistema de monitoramento e de segurança”, pontua.

O Vem ABC ressaltou que “contará com agentes de segurança em todas as estações, além de profissional especializado no centro de controle monitorando o sistema de câmeras para identificar possíveis contravenções e acionar os agentes de segurança”.

Devido ao considerado alto custo de desapropriações ao longo do traçado da Linha 18-Bronze – cerca de R$ 600 milhões –, o governo do Estado estuda a troca do monotrilho pelo BRT (sistema de transporte rápido por ônibus). A decisão deverá ser anunciada até 30 de junho.

O BRT coleciona problemas no Rio de Janeiro, onde opera desde 2012. Devido à insegurança ao longo dos corredores, estações estariam sendo utilizadas pelo tráfico para a comercialização de drogas, e sofrem com depredações. Na tentativa de minimizar os transtornos à população, a Prefeitura pediu o reforço de viaturas da Polícia Militar nas paradas e estuda plano de segurança para a área.

Fonte/Créditos: Yasmin Assagra Do Diário do Grande ABC